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Brasil investe menos que países em crise

Em 2012, investimentos representaram 17,6% no PIB brasileiro

O Brasil voltou a ser um país que investe menos do que as nações ricas, após manter-se por quatro anos em situação melhor que elas. Em 2012, os investimentos corresponderam a 17,6% do PIB (produto interno bruto) brasileiro, enquanto na média do G-7 (grupo dos países mais poderosos) eles ficaram em 17,7%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Países emergentes em geral têm uma taxa de investimentos maior do que os ricos. Na China, ela é de 47%; na Argentina, de 24%. Nesse aspecto, o Brasil é uma exceção. Desde pelo menos a década de 1980, foram poucos os momentos em que tivemos um desempenho melhor que o do G-7 (e do que os demais emergentes) nesse indicador. Em 2008, os investimentos brasileiros tiveram uma forte alta e superaram a marca de 20% do PIB, algo que não ocorria desde 1989. Ao mesmo tempo, esse indicador caiu nos países ricos por causa da crise, levando o Brasil a viver um raro período em que gozou de taxas superiores às do G-7. Os dados do FMI mostram que essa fase durou quatro anos (até 2011) e foi interrompida em 2012 por causa da queda no Brasil e da leve melhora nos investimentos dos Estados Unidos, Japão e Canadá. Alemanha, França, Itália e Reino Unido continuam contribuindo negativamente nessa estatística. De 1980 a 2007, o Brasil teve uma taxa mais alta que a do G-7 somente uma vez, em 1994. Nas últimas três décadas, o país só superou a média da América Latina também uma vez (em 1989) e nunca atingiu o patamar dos emergentes. A projeção do Fundo Monetário é de que a taxa de investimentos da economia brasileira continue próxima à dos países do G-7 – mais ligeiramente abaixo – até 2018, pelo menos. Alguns economistas têm afirmado que o indicador deve ter uma recuperação em 2013, mas o número oficial referente ao primeiro trimestre ainda não foi divulgado.



Notas de cem reais


Fonte: www.jornale.com

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