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30/07/2013 - Curitibano vive mais e tem mais dinheiro

Na estratégia para o desenvolvimento, educação ainda é desafio para a capital, que convive com contrastes sociais

Curitibano vive mais e tem mais dinheiro

Curitiba precisou de duas décadas para atingir um nível muito alto de desenvolvimento. Nesse período, a capital viu crescer seus índices de renda, longevidade e educação, que garantiram a manutenção do posto de 10.ª cidade com maior IDH-M do Brasil e melhor resultado do estado. Esses vinte anos foram o tempo necessário para que houvesse uma evolução de um índice médio de desenvolvimento (0,640 em 1991) para um muito alto (0,823, atualmente).

Os números revelam que o curitibano está vivendo mais e com mais dinheiro. Os dois subíndices têm valores considerados muito altos, de 0,855 e 0,850, respectivamente, mas registraram crescimentos modestos nas últimas décadas: o índice de longevidade aumentou 0,127, enquanto o de renda cresceu 0,095.

Já na educação, embora tenha havido avanços, ainda há o que melhorar. Desde 1991, quando o índice começou a ser calculado, esta foi a área que teve o maior crescimento: foram 0,262 pontos no período – atualmente, é de 0,768, menor do que o das duas outras áreas.

O secretário municipal de Planejamento e Gestão de Curitiba, Fábio Dória Scatolin, reconhece que essa é a área que mais está demandando atenção do município. “O grande desafio de Curitiba nos próximos anos é a melhora do ensino como todo. É preciso uma política articulada entre prefeitura, governo estadual e federal para propiciar que os jovens tenham uma formação mais adequada da atual”, explica.

No fundo, a educação é estratégica, porque é o grande indicador que pode fazer com que renda e expectativa de vida melhorem. “Educação gera capital humano mais adequado e melhor força de trabalho, consequentemente há aumento de salário”, analisa Scatolin.

Parcimônia

Apesar dos bons resultados obtidos pela capital, a professora e pesquisadora da UFPR Olga Lucia Castreghini de Freitas Firkowski alerta que os números devem ser analisados com cuidado. “Só o fato de Curitiba ter um bom índice não significa que as pessoas que vivem aqui compartilhem a mesma condição”, pondera.

Na condição de conglomerado urbano, há muitas diferenças entre as cidades e uma interação muito grande entre seus moradores. Considerando os municípios que compõem a Região Metropolitana de Curitiba, o melhor resultado de IDH-M é obtido por Rio Negro (0,760), que está a cerca de 100 quilômetros de distância da capital. Entre as cidades limítrofes, o melhor resultado é de São José dos Pinhais (0,758)

A disparidade entre as cidades indica a necessidade de se analisar de outra forma a questão metropolitana. “Temos que entender esse espaço metropolitano como um único espaço de qualidade de vida. Não dá para pensar em ilhas isoladas”, analisa Scatolin.

Maringá tem o melhor índice do interior

Marcus Ayres, da Gazeta Maringá

A Cidade-Canção obteve o melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do interior do Paraná, de acordo com o Atlas de De­sen­volvimento Humano do Brasil, organizado pelo Programa nas Nações Unidas pa­ra Desenvolvimento (Pnud). A cidade obteve um ní­vel considerado “muito alto”, com nota 0,808, o 7.º melhor índice da região Sul e o 23.º do Brasil.

Um dos aspectos avaliados na pesquisa foi a renda, que em Maringá ficou em 0,806, o maior índice do interior. Outro foi a renda per capta média, que entre 2000 e 2010 subiu de R$ 916,87 para R$ 1.202,63. Em 1991, o ganho médio por pessoa era o equivalente a R$ 635,43.

No que diz respeito à longevidade dos moradores, Maringá também obteve avanços. Em 1991, a esperança de vida ao nascer era de 68,4 anos. Esse número passou para 73,1 em 2000 e alcançou os 76,1 anos em 2010. Na opinião do secretário da Saúde, Antônio Carlos Nardi, o aumento da expectativa de vida em Maringá segue um padrão nacional. “As pessoas estão se cuidando mais e houve uma melhoria na oferta de serviços públicos não só em Maringá”, explicou.

O menor valor entre os subíndices que fazem parte do IDH-M foi atribuído à educação, que ainda é considerado alto, com 0,768. Em 2000, esse índice foi de 0,663, e em 1991, de 0,441. Um dos fatores desse resultado foi o aumento da frequência escolar da população jovem. No início da década de 1990, por exemplo, apenas 51,1% das crianças de 5 e 6 anos estavam frequentando a escola. Esta quantidade subiu para 78,6% na década passada e chegou aos 96,4% em 2010.

Curitibano vive mais e tem mais dinheiro

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/

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